Mas porquê?
Angeline
Embora esteja num curso de letras, fiz o percurso de científicos no secundário. A escolha não foi minha (e, se dependesse do meu pai, o curso onde estou também não era este e, muito menos, seria numa área que não fosse saúde ou turismo) e só deus sabe o trabalhão que tive para acabar aquilo.
A discrepância nas minhas notas era clara e a minha vocação também: enquanto tinha tinha 1 a matemática e 6 a físico-química, tinha 18 a português e 17 a filosofia. Se eu tivesse sido esperta e seguido aquilo que eu queria, possivelmente, estava no curso que realmente queria, mas não é disso que vim falar hoje.
Do 10º ao 11º ano tive um professor de português que eu sempre adorei, embora usasse métodos um pouco controversos para nos "incentivar" a subir as notas como, por exemplo, sentar-nos por ordem decrescente de notas quando entregava os testes. Eu nunca liguei, mas havia quem se revoltasse com isso.
Por mais boa pessoa e engraçado que ele fosse, houve uma coisa que ele disse que sempre me ficou entalada na garganta: Ele tinha a mania de pensar que, só porque estávamos em científicos, éramos uns burros em tudo o que tocava a letras. E ele não era o único, a minha professora de filosofia era igual.
Mas porquê?
Verdade seja dita que os alunos de científicos da minha escola também achavas os de humanidades e os dos cursos profissionais uns burros, mas qual é o motivo? Cada um tem os seus talentos e vocações. Não podemos ser todos iguais.