Bom, minha gente, antes que me digam o que quer que seja, eu sei: eu tomei um chá de sumiço e só voltei para o blog passado mais de um mês.
Tenho a dizer que não foi totalmente por escolha própria nem por falta de inspiração. Problemas pessoais e a universidade têm me roubado todo o tempo, mas, com as férias de Natal entre nós, tenho alguma esperança de resolver algumas coisas.
O curso não está a ir nada mal; só ainda tive uma negativa até agora (recurso de Italiano ai vou eu...escusado será dizer que me arrependo amargamente de ter escolhido esta língua) e tenho dois exames logo na primeira semana de Janeiro, um a seguir ao outro.
Não há muito que se lhe diga sobre o resto - possivelmente porque não me lembro de nada em especial; então passarei ao próximo tópico.
Durante todo este meu sumiço, eu andei a ler O Monte dos Vendavais e Ó Senhor que livro miserável. A minha professora de cultura estava totalmente certa quando disse que "nem todos os clássicos são bons".
Primeiro que o livro parecia nunca mais acabar. Eu estava a ver meia dúzia de folhas por ler à quase duas semanas e as malditas pareciam multiplicar-se sempre que eu pegava no livro; tanto que só acabei a leitura ontem. Segundo: a edição que eu comprei estava tão mal editada (não se conseguia dizer quando eram as falas das personagens ou quando a ação se estava a passar no presente ou no passado) que eu comecei a desejar acabar o curso depressa e arranjar trabalho numa editora para ver se metia ordem naquilo.
Não sei se sou burra de mais e não vi a filosofia ou o significado escondido que deve fazer as pessoas gostarem tanto deste livro, mas confesso que detestei e não houve um momento sequer que me tenha prendido.
99% das personagens são detestáveis.
Mr. Lockwood é o ser mais inútil da historia, ou não servisse apenas como segundo narrador, um ouvinte para a historia real e para cobiçar uma miúda que viu menos de 2 minutos.
Tanto Heathcliff como ambas as Catherines e todas as outras personagens são horrendas; cheias de si, com joguinhos mentais umas com as outras e drama desmedido (uma dessas personagens que citei morreu, literalmente, por cause de uma discussão entre dois homens). Até a Nelly Dean, que tenta ser caracterizada como uma personagem carinhosa, não passa de uma falsa e julgadora.
As únicas personagens que até se pode pensar em gostar é o Edgar Linton e o Hareton Earnshaw; um por ser um marido amável, dedicado, um homem forte e trabalhador e o outro por dar apenas pena.
Em suma: só li até ao fim porque era o único livro que tinha em Coimbra e porque detesto deixar livros por ler. Não releria nem que me pagasses o valor do euro milhões.
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